Joan Geraldine Bennett nasceu em Palisades Park, Nova Jersey, no dia 27 de Fevereiro de 1910 e faleceu em 07 de Dezembro de 1990 foi uma atriz de teatro, filme e TV. Bennett participou de mais de 70 filmes desde a era do cinema mudo até os anos 80. Mais lembrada por seus filmes 'noir' dirigidos por Fritz Lang "The Woman in the Window" (1944) e "Scarlet Street" (1945).
Bennett teve três fases distintas em sua longa e prodigiosa carreira, primeiro como loira ingênua, depois como a morena 'femme fatale' sensual e finalmente como a figura de esposa e mãe de bom coração. Sua imagem foi arranhada por um escândalo que a prejudicou no início dos anos 50, depois que seu terceiro marido atirou em seu agente, pois pensava que ele estava tendo um caso com Joan.
Nos anos 60, ela alcançou o sucesso ao interpretar Elizabeth Collins Stoddard para a TV em "Dark Shadows", pelo qual recebeu uma indicação ao Emmy.
Joan era a terceira de três filhas do ator Richard Bennett e da atriz Adrienne Morrison. Suas irmãs mais velhas eram as também atrizes Constance Bennett e Barbara Bennett.
Sua primeira aparição nas telas foi ainda criança no filme mudo ao lado de seus pais e irmãs "The Valley of Decision" (1916).
Em setembro de 1926, ela e John M. Fox se casaram em Londres. Eles se divorciaram dois anos depois. Tiveram uma filha, Adrienne Ralston Fox, mais tarde chamada de Diana Bennett Markey.
Aos 19 anos Joan havia se tornado uma estrela de cinema em filmes como "Bulldog Drummond" e "Disraeli" (ambos de 1929).
Bennett apareceu loira (sua cor natural de cabelo) por diversos anos. Estrelou o musical "Puttin' on the Ritz" (1930) e "Moby Dick" (1930).
Durante o contrato com a Fox, apareceu em diversos filmes.
Em março de 1932, ela e o produtor Gene Markey se casaram. Eles se divorciaram em 1937 e tiveram uma filha, Melinda Markey.
Bennett saiu da Fox para fazer o papel de Amy, em "Little Women" (1933), dirigido por George Cukor. Este filme chamou a atenção do produtor Walter Wanger, que assinou contrato com ela e virou seu agente. Wanger e o diretor Tay Garnett convenceram Bennett a mudar seu cabelo loiro para o castanho, no papel em "Trade Winds"(1938). Com a mudança, Joan começou uma nova fase de sua carreira, evoluindo para uma sedutora e glamurosa 'femme fatale'.
Durante a busca por uma atriz para interpretar Scarlett O'Hara em "Gone with the Wind", Bennett fez um teste e impressionou David O. Selznick. Ela foi considerada para o papel, mas Selznick acabou voltando a atenção para Paulette Goddard, que foi preterida em favor de Vivien Leigh.
Em Janeiro de 1940, Bennett e Walter Wanger se casaram. Eles se divorciaram em 1965 no México. Tiveram duas filhas juntos, Stephanie Wanger e Shelley Wanger.
Combinando olhos marcantes e voz rascante, o 'look' moreno de Bennett a levou definitivamente ao estrelato e reconhecimento.
Bennett fez quatro filmes com Fritz Lang. Após o sucesso em suspenses e policiais, ela mudou radicalmente de imagem, se transformando numa elegante, clássica e madura esposa e mãe.
Também fez diversas aparições na rádio dos anos 30 aos anos 50.
Como de costume, também fez TV, tendo sua primeira aparição sido em 1951.
Durante 12 anos, Bennett foi representada por seu agente Jennings Lang. E por causa disso, o enciumado marido dela, Wanger acabou atirando duas vezes em Lang.
Ele foi levado ao hospital e felizmente se recuperou.
Bennett chegou a afirmar que esperava que seu marido não fosse castigado. "Meu marido ficou infeliz devido a problemas financeiros e iminência de bancarrota que o levaram a ficar transtornado. Nunca pensei que um casamento como o nosso pudesse ser tão feliz, durante 12 anos fomos uma família que sempre se amou e jamais que meu fossemos nos envolver numa situação como esta"
O advogado de Wanger alegou 'insinidade temporária'. Wanger acabou ficando preso durante quatro meses e logo retornando a sua carreira no cinema.
Enquanto isso, Bennett foi para Chicago fazer uma peça.
Após o escândalo, a carreira Bennett nunca mais foi a mesma. "Acho que eu atirei em mim mesma." Seu último filme aconteceu graças a Humphrey Bogart, amigo de longa data, que insistiu na presença dela no filme "We're No Angels" (1955).
Bennett a partir de então, se dedicou ao teatro.
Apesar do escândalo, ela continuou casada com Wanger até 1965.
Sua autobiografia, "The Bennett Playbill", escrita por Lois Kibbee, foi publicada em 1970.
Fez diversos papéis em séries de TV até que em 1977, o diretor Dario Argento a convidou para o filme "Suspiria", pelo qual recebeu uma indicação ao Prêmio Saturn de melhor atriz coadjuvamente.
Em 1978, ela se casou com o crítico de cinema David Wilde. O casamento durou até a morte dele.
Joan Bennett faleceu aos 80 anos de ataque cardíaco em sua casa em Scarsdale, Nova York. Ela tem uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood por seus trabalhos no cinema.
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