quinta-feira, 3 de agosto de 2017

EM MÉMORIA-JERRY ADRIANO

Jerry Adrianinome artístico de Jair Alves de Sousa (São Paulo29 de janeiro de 1947 – Rio de Janeiro23 de abril de 2017),[1][2]foi um cantor e ator brasileiro. Iniciou sua carreira na TV Tupi de São Paulo, como vocalista do conjunto Os Rebeldes.Nascido Jair Alves de Souza em 29 de janeiro de 1947 no bairro do Brás, na cidade de São Paulo[2], começou a sua vida profissional em 1964, com a gravação do seu primeiro LP, Italianíssimo[3], e no mesmo ano gravou seu segundo LP, Credi a Me. Seu nome foi inspirado em dois artistas estrangeiros: o ator americano Jerry Lewis e o cantor italiano Adriano Celentano.[4]
Em 1965 lançou Um Grande Amor, seu primeiro disco gravado em português. Tornou-se apresentador do programa Excelsior a Go Go, na antiga TV Excelsior de São Paulo, ao lado do comunicador Luís Aguiar; apresentava músicas dos VipsOs IncríveisTrini LopezCidinha Campos, entre outros.[1]
Entre 1967 e 1968, já na TV Tupi de São Paulo, passou a apresentar A Grande Parada, ao lado de artistas, como Neyde Aparecida, Zélia Hoffmann, Betty Faria e Marília Pera[2]. Era um musical ao vivo que apresentava grandes nomes da música popular brasileira.
No cinema participou de três filmes como ator/cantor: Essa Gatinha é Minha (com Peri Ribeiro e Anik Malvil), Jerry, A Grande ParadaJerry em busca do tesouro (com Neyde Aparecida e os Pequenos Cantores da Guanabara).
Em 1969 recebeu o título de cidadão carioca.[5]
Foi responsável pela ida de Raul Seixas para o Rio de Janeiro. Eles eram amigos desde a época em que Raul tinha uma banda em Salvador, chamada Raulzito e os Panteras, que posteriormente foi a banda de apoio de Jerry durante três anos.[5] Entre as músicas que a banda tocava, ambas compostas por Raulzito, estão "Tudo Que É Bom Dura Pouco", "Tarde Demais" e "Doce Doce Amor".[2]
Entre os anos de 1969 a 1971, Raul Seixas foi seu produtor, até iniciar a carreira solo.[2]
Na década de 1970, fez shows na VenezuelaPeruEstados UnidosMéxicoCanadá e outros países.
Em 1975, participou de um musical no Hotel Nacional, denominado Brazilian Follies, dirigido por Caribe Rocha, ficando um ano e meio em cartaz.
Nesse período, incursionou pela soul music, gravando canções de HyldonPaulo César Barros[6] e Robson Jorge.[7]
No começo da década de 1990, gravou um disco que trazia de volta as origens do rock and roll, intitulado Elvis Vive, um tributo a Elvis Presley, sendo este o 24º disco da sua carreira.
Em 1994, a convite de Cecil Thiré, participou da novela 74.5: Uma Onda no Ar, produzida pela TV PLUS e exibida pela Rede Manchete[1], exibida também em Portugal, com grande sucesso. Em 1999 lançou o álbum Forza Sempre, gravado apenas com músicas da banda Legião Urbana, em italiano. O álbum foi um de seus maiores sucessos na carreira pós Jovem Guarda, atingindo a marca de 200 mil cópias vendidas. A canção "Santa Luccia Luntana" foi incluída na trilha sonora da novela Terra Nostra.
Pelos seus 70 anos, ele participou de três episódios do programa de televisão italiano "MilleVoci" por Gianni Turco, que irá ao ar em junho de 2017.
Era pai de três filhos: Thiago, Tadeu e Joseph.
                                         





















Em Memória Ney Matogrosso

Ney de Souza Pereira (Bela Vista, 1 de agosto de 1941), mais conhecido como Ney Matogrosso, é um cantor, diretor e ator brasileiro. Ex-integrante dos Secos & Molhados (1973-1974), foi o artista que mais se sobressaiu do grupo após iniciar sua carreira solo com o disco Água do Céu - Pássaro (1975) e com suas apresentações subsequentes. É considerado pela revista Rolling Stone como a terceira maior voz brasileira de todos os tempos e, pela mesma revista, trigésimo terceiro maior artista brasileiro de todos os tempos. Embora tenha começado relativamente tarde, das canções poéticas e de gêneros híbridos dos Secos e Molhados ele passou a interpretar outros compositores do país, como Chico Buarque, Cartola, Rita Lee, Tom Jobim, construindo um repertório que prima pela qualidade e versatilidade. Em 1983, completava dez anos de estreia no cenário artístico e já possuía dois Discos de Platina e dois Discos de Ouro, inclusive pela enorme repercussão da canção "Homem com H" de 1981.[1]
Como iluminador de espetáculos, tem supervisionado toda a produção da área em suas próprias apresentações e também merece destaque seu trabalho de iluminação e seleção de repertório no show Ideologia (1988) de Cazuza e no show Paratodos de Chico Buarque em 1993,[1] ao que afirma: "quero que as luzes provoquem sensações nas pessoas".[2] Matogrosso também tem atuado recentemente no cinema: estreou em 2008 no curta-metragem Depois de Tudo, dirigido por Rafael Saar, e no filme Luz das Trevas de 2009, dirigido por Helena Ignez.[1]
Distinguido por sua rara voz de contratenor,[3] Ney Matogrosso também é conhecido por suas performances ao vivo. Atribuem a sua maquiagem cênica e seu vestuário exótico desde os anos 70 uma certa mudança de conceitos sobre o comportamento masculino apropriado no Brasil.[4] Segundo Violeta Weinschelbaum, "o magnetismo de sua figura, a atração decididamente sexual que Ney Matogrosso produz sobre o palco é algo inimaginável."[5] A biógrafa Denise Pires Vaz também escreve: "Dos cantores brasileiros, Ney Matogrosso é um dos poucos, senão o único, que pode merecer o título de showman.