Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, mais conhecido como
Paulo Gracindo, (
Rio de Janeiro,
16 de julho de
1911 —
Rio de Janeiro,
4 de setembro de
1995) foi um
ator brasileiro.
Paulo Gracindo se considerava alagoano, pois foi viver em Maceió
ainda bebê. Sonhava ser ator, o pai era um obstáculo, e lhe dizia
No dia em que você subir a um palco, saio da plateia e te arranco de lá pela gola.
Paulo Gracindo respeitou a proibição até a morte do pai. Aos vinte
anos, mudou-se para o Rio, dormiu na rua e passou fome. Investiu num
namoro com a filha de um
português para entrar no grupo de
teatro
de maior prestígio da época, o Teatro Ginástico Português. Batizado
Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, no palco mudou o nome:
"Uns me chamavam de Petrópolis, outros de Pelopes. A empregada me chamava de Envelope."
Num dos primeiros trabalhos, a personagem de Gracindo ficava dois
minutos no palco, o que levou um crítico a fazer o seguinte comentário:
De onde veio esse rapaz que não faz nada e aparece tanto? Participou das maiores companhias teatrais dos
anos 30 e
40.
Fez sucesso na
Rádio Nacional, apresentando o Programa Paulo Gracindo. Com a
radionovela O Direito de Nascer, encantou no papel de Alberto Limonta; e no programa de
rádio Balança mas Não Cai interpretou, com
Brandão Filho, o quadro do
Primo Pobre e Primo Rico.
Na
televisão fez personagens inesquecíveis, como o Tucão da
telenovela Bandeira 2 (1971), o Coronel Ramiro Bastos em
Gabriela (1975), o João Maciel de
O Casarão (1976), o padre Hipólito de
Roque Santeiro (1985) e o Primo Rico, no humorístico
Balança mas Não Cai. Mas, o mais marcante foi o prefeito Odorico Paraguaçu, de
O Bem Amado de
Dias Gomes (1973; 1980-1984). Em 1990, atuou em
Rainha da Sucata como o Betinho (Alberto Figueiroa), nas quais tinha um bordão que ficou muito conhecido, o famoso "coisas de Laurinha!".
Fez poucos
filmes, mas foi um dos atores preferidos da geração do
Cinema Novo. Fez um papel em
Terra em Transe, de
Glauber Rocha. Achava a sétima arte complicada demais:
É coisa de chinês, dizia.
Morreu aos 84 anos. Encontra-se sepultado no
Cemitério de São João Batista no
Rio de Janeiro. É pai do também ator
Gracindo Júnior, e avô dos atores
Gabriel Gracindo, Pedro Gracindo e
Daniela Duarte.
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Balança mais não cai 1982 |
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ARAPONGA-1990 |
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HIPERTENSÃO 1986 |
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BANDEIRA DOIS 1971 |
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O CASARÃO 1976 |
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RAINHA DA SUCATA 1990 |
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ROQUE SANTEIRO 1985 |
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