Cláudia Abreu Fonseca (Rio de Janeiro, 12 de outubro de 1970) é uma atriz, produtora e roteirista brasileira.Em 1986, fez sua estreia na Rede Globo, ao participar de um episódio da série Tele Tema. Em seguida, foi escalada para a novela Hipertensão, interpretando Luzia, personagem que morria por volta do capítulo 100. Logo depois, integrou o elenco da novela O Outro. Cláudia Abreu ficou popular por uma série de papéis marcantes em novelas, minisséries, seriados e especiais da TV Globo. Em 1988, apresentou o musical Globo de Ouro, substituindo a atriz Isabela Garcia, que acabara de dar à luz. Sua carreira na TV é entremeada por breves interrupções ou participações esporádicas em séries e especiais, períodos em que se dedicou ao teatro, ao cinema e à maternidade.
Em 1989, coprotagonizou o grande sucesso
Que Rei Sou Eu?, em que incorporou a princesa
Juliette, que dançava lambada e até aparecia de minissaia em pleno século XVIII, mostrando ao público seu lado cômico. Em 1990, viveu uma das personagens mais marcantes de sua carreira, a dançarina
Clara, da novela
Barriga de Aluguel. Na trama,
Clara aceitava alugar o útero para gerar o filho de outra mulher, levantando a discussão sobre quem deveria ficar com a criança, a mãe biológica ou a mãe de aluguel. Em 1992, integrou o elenco da minissérie
Anos Rebeldes, como a jovem militante
Heloísa, que, de mocinha mimada e rica, entra para a luta armada e combate o
golpe militar de 1964. Sua atuação na minissérie lhe rendeu o prêmio de melhor atriz pela
Associação Paulista dos Críticos de Arte.
[1] Em 1994, protagonizou a novela
Pátria Minha e, em seguida, à procura de diversificar sua carreira após oito anos participando de novelas quase anualmente, iniciou seu primeiro período sabático, a partir de 1995, limitando-se a participações pontuais e bissextas nas séries
A Vida Como Ela É e
A Comédia da Vida Privada, e nas minisséries
Guerra dos Canudos e
Labirinto. Durante esse intervalo, pôde se dedicar ao cinema. O ano de 1997, é particularmente prolífico em sua carreira. Participa do filme
Tietaem fins de 1996. Ao lado de
Sônia Braga e
Marília Pêra, interpretou
Leonora. No ano seguinte, mais alguns trabalhos seus chegam aos cinemas:
O Que É Isso, Companheiro?, onde faz o papel da guerrilheira
Renée, ao lado do americano
Alan Arkin, e
Ed Mort, como
Cibele, que lhe rendeu o prêmio Lente de Cristal, no Festival de Cinema de Miami. Nessa época, e paralelamente ao cinema, voltou aos palcos, atuando em
Noite de Reis e
As Três Irmãs.
Em 1999, seu retorno às grandes produções da televisão vem no papel da escrava branca
Olívia Xavier, em
Força de um Desejo. Em 2001, apareceu no cinema como a baronesa
Maria Luísa, no filme
O Xangô de Baker Street. Foi um ano que se destacou especialmente em sua vida pelo nascimento de Maria Maud, sua filha com o cineasta
José Henrique Fonseca, devido ao que reduziu seus compromissos profissionais e iniciou outro período sabático. Importantes, nessa fase, são as filmagens do longa
O Homem do Ano. O filme, emblemático para o casal, pois foi dirigido por seu marido, teve roteiro premiado de
Rubem Fonseca, sogro de Cláudia. Em 2002, fez uma participação na minissérie
O Quinto dos Infernos, como a imperatriz
Amélia de Leuchtenberg, segunda esposa do imperador brasileiro
Dom Pedro I. Também filmou
O Caminho das Nuvens, um
road movie brasileiro sobre uma família de
nordestinos que, de bicicleta, atravessa toda a distância até o
Rio de Janeiro, em busca de uma vida melhor.
No ano seguinte, retornou à televisão em
Celebridade, na pele da pérfida
Laura Prudente da Costa, arqui-inimiga da mocinha
Maria Clara Diniz (
Malu Mader). Primeira vilã na carreira da atriz,
Laura, a despeito de suas vilanias, foi um sucesso de público, que lhe valeu o
Prêmio Contigo! de melhor atriz; o humor ácido, pontuado pelo tempo seguro de Cláudia, tornaram a personagem popular e querida. Também nesse ano, como homenagem ao seu início no
Tablado, produziu e estrelou a peça clássica de
Maria Clara Machado,
Pluft, o Fantasminha. Com um ritmo mais suave, o cinema voltou a ser opção na sua vida. Cláudia aceitou o convite para substituir a atriz francesa Clara Bellar, no papel de
Glória, na produção de
Os Desafinados em 2006, e começou a filmar, no Rio e em Nova Iorque, ao lado de
Rodrigo Santoro,
Ângelo Paes Leme e outros. A história marca a trajetória de um grupo de cinco músicos nos tumultuados anos sessenta e setenta, sua luta pelo sucesso e seus dramas pessoais. O filme, só lançado em 2008, rendeu-lhe o prêmio QUEM de melhor atriz.
[2] Retornou à televisão em outra grande produção da Rede Globo,
Belíssima, como a protagonista
Vitória, ex-menina de rua, que se casa com o milionário
Pedro Assumpção e vai viver com ele na Grécia, enfrentando grande oposição por parte da avó megera do rapaz,
Bia Falcão.
Em 2007, pela primeira vez desde o início de sua parceria com
Gilberto Braga, em 1992, na minissérie
Anos Rebeldes, apareceu ao lado do autor em
O Tablado e Maria Clara Machado, documentário sobre a dramaturga e o teatro criado por ela. Seu trabalho seguinte foi
Três Irmãs, onde interpretava
Dora, uma perua fútil, mas de bem com a vida. Em 2012, viveu um dos grandes momentos de sua carreira ao interpretar a cantora tecnobrega
Chayene, uma vilã cômica, na novela
Cheias de Charme.
[3] A atriz fez aulas de canto para dispensar dublagem, além de se organizar para cuidar dos filhos, pois interrompeu a licença-maternidade. Em 2013, fez uma participação em
O Dentista Mascarado, interpretando Leona, uma famosa atriz de TV. Em 2014, interpretou a atriz americana
Pamela, protagonista da história, que é casada com
Jonas (
Murilo Benício), filha de
Jack (
Miele) e mãe de
Megan (
Isabelle Drummond), além de contracenar com
Titina Medeiros, em
Geração Brasil, repetindo novamente a parceria com os autores,
Filipe Miguez e
Izabel de Oliveira.
] Em 2016, foi a protagonista
Helô na novela
A Lei do Amor, que fazia par romântico com
Pedro (
Reynaldo Gianecchini). Em 2017, atua e estreia como roteirista na série infantil
Valentins. Ainda em 2017, a atriz participou da série
Cidade Proibida, no episódio
Caso Lídia.
Voltou ao cinema em 2017 com participação no suspense
O Rastro. Em 2018 protagonizou
Berenice Procura, filme de Allan Fiterman adaptado do livro de
Luiz Alfredo Garcia-Roza.
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Patria Minha 1994 |
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Que Rei Sou Eu 1989 |
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Cheia de Charmes 2012 |
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Barriga de Aluguel 1990 |
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Belissima 2006 |
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Hipertensao 1986 |
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G3r4çao Br4s1l 2014 |
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Fera Radical 1988 |
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Força de um Desejo 1999 |
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A Lei do Amor 2016 |
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O Outro 1987 |
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Celebridade 2003 |
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Anos Rebeldes 1992 |