Escrita por Lauro César Muniz e dirigida por Régis Cardoso, foi a última telenovela produzida em preto-e-branco no horário "das oitoA trajetória de Antônio Dias, desde a juventude como comerciante no interior paulista até a velhice como vencedor, numa trama que abordou duas épocas distintas, que corresponde de 1940 a 1975 – época em que a novela era produzida – e tem como cenário, momentos marcantes na história do Brasil.
A história tem início quando Antônio Dias deixa Minas Gerais, indo para Rio Pardo – no interior paulista – para tentar ganhar a vida, ele irá dedicar-se a plantação de algodão, e entra em conflito com o rico cafeicultor Armando Magalhães – seu principal obstáculo à ascensão. Antônio ainda terá sua vida marcada por duas belas mulheres: Marina, por quem ele está apaixonado; e Cândida, com quem ele acaba se casando. O amor frustrado faz com que Marina opte por ser casar com outro homem – Paschoal Barreto – e indo viver nos Estados Unidos.
Com a crise do café no mercado mundial, Antônio vê a oportunidade e decide investir tudo o que tem na plantação de algodão, na fazenda Santa Isabel. O fracasso é total: pela inexperiência, e devido às pressões de Armando, ele é obrigado a vender a fazenda e deixar a cidade. Antônio se muda para o Rio de Janeiro – capital federal, na época – onde se torna um pequeno empresário.
1956. O casamento de Antônio com Cândida entra em crise, e quando tudo parecia ser apenas tédio, eis que Antônio conhece Valério Facchini, um industrial italiano que é dono de um grande império econômico – cujo à base é uma firma de materiais de construção. Antônio junto a Valério se lança na construção de Brasília, no momento em que, para muitos, a nova capital não passa de um devaneio.
Paralelamente à nova perspectiva profissional de Antônio, o seu casamento com Cândida está fracassando, e ao mesmo tempo, Marina retorna ao Brasil, após um casamento fracassado com Paschoal. Antônio e Marina se reencontram e o amor entre eles reascende. Mais adiante Antônio, já separado de Cândia, fica livre para amar Marina, agora sendo um homem rico e poderoso graças a sua participação na construção de Brasília.
Já nos anos 60, no auge de sua escalada social, Antônio Dias volta para Rio Pardo, ao lado de Marina. O objetivo não é apenas viver bucolicamente os anos de sua velhice, ele quer a vitória completa de sua vida e para isso falta apenas um detalhe: destruir o seu velho inimigo Armando. A batalha é facilmente ganha, pois o cafeicultor está arruinado pelas constantes crises do café no mercado mundial e não tem remédio, ao não ser, vender suas fazendas para Antônio.
O final, na atualidade, é a demonstração definitiva dos objetivos do protagonista: o auge de sua ascensão, já na velhice, o degrau mais alto de sua “escalada”, em que o amor dividido entre duas mulheres, no fim, nada conta.
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